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terça-feira, 5 de agosto de 2014

O mistério das explosões de radiação no espaço

Em 2007, astrônomos detectaram uma rajada de ondas de rádio incrivelmente forte na Austrália. E agora, no lado oposto do mundo, astrônomos identificaram uma segunda explosão de proporções semelhantes

Esta segunda rajada de ondas de rádio foi descoberta pelo radiotelescópio de Arecibo, que está localizados em Porto Rico, e estava posicionadas na esperança de descobrir estrelas de nêutrons. Em vez disso, ele capturou uma segunda ocorrência das chamadas explosões rápidas de radiação (ou, em inglês, fast radio bursts, FRBs), o que finalmente permitiu aos astrônomos excluir o ruído cósmico e reportá-las formalmente. Ao contrário dos sinais de rádio que nós detectamos normalmente, estas ondas, dão todos os sinais de terem vindo de fora de nossa galáxia, de algum ponto muito distante.

De acordo com Laura Spitler, pós-doutoranda no Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, a descoberta é um grande passo adiante:

Nós realmente não sabemos do que se trata. Os cientistas são altamente céticos em relação a tais descobertas … [tanto que] todas as rajadas descobertas até agora pelo telescópio Parkes não eram motivo de preocupação. Agora, com a descoberta de uma explosão pelo telescópio de Arecibo, estamos mais confiantes de que FRBs são fenômenos astrofísicos, e que entendê-las e classificá-las deve ser uma prioridade dos observatórios radioastronômicos no futuro.

Até conseguirmos descobrir mais um desses FRBs e estudá-los de maneira adequada, entretanto, os cientistas estão perdidos em relação ao que pode estar causando estes fenômenos. Algumas explicações propostas incluem evaporação de buracos negros, fusões das estrelas de nêutrons, e erupções de estrelas de nêutrons extremamente poderosos chamadas magnetares.

Pode levar um bom tempo antes de se obter quaisquer respostas definitivas, no entanto. Os dois radiotelescópios que detectaram as ondas sofrem de visão de túnel, o que significa que nossa visão é tão limitada que qualquer FRB que encontrarmos no futuro será graças à nossa sorte. Mas, como James Cordes, astrônomo de Cornell, também disse a NPR, “O bom sobre esta fase inicial é que realmente não sabemos o que causa essas explosões, de modo que o céu é o limite”.

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