O Brasil subiu cinco posições no ranking de competitividade global,
divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na
sigla em inglês). Com a melhora, o país passa a ocupar a 53ª posição no
levantamento, que inclui 142 países. A lista é liderada pela Suíça,
seguida por Cingapura, Suécia e Finlândia. Os Estados Unidos perderam
posição pelo terceiro ano, caindo do 4º para o 5º lugar no ranking.
O relatório, que no Brasil é feito em parceria com o Movimento
Brasil Competitivo e a Fundação Dom Cabral, aponta que o país se
beneficia de um dos maiores mercados internos mundiais (10º) e um
sofisticado ambiente de negócios (31º). O Brasil fica bem atrás, no
entanto, nos quesitos infraestrutura (104º), desequilíbrios
macroeconômicos (115º), má qualidade da educação (115º), rigidez no
mercado de trabalho (121º) e pouco incentivo à competição (132º).
Entre as grandes economias emergentes, o Brasil fica atrás apenas
da China, que ganhou uma posição no ranking e passou ao 26º lugar, e da
África do Sul, na 50ª posição. A Índia perdeu posições e recuou para a
56ª, e a Rússia caiu para 66ª.
Na América Latina, o Chile (31º) mantém a liderança, enquanto
diversos países veem sua competitividade melhorar. O México subiu 8
posições, para 58º, enquanto o Peru passou a 67º no ranking, seis
posições acima da verificada em 2010. O Panamá subiu 4 posições, para o
49º lugar.
Já as maiores quedas foram observadas em nações da América Central
– como Costa Rica, Guatemala, El Salvador e Nicarágua – e na Jamaica,
no Caribe, “principalmente por conta de uma deterioração das condições
de segurança pública”, diz o relatório.
“O desempenho positivo da região como um todo está ligado tanto à
melhoria em alguns fundamentos da competitividade, como políticas
monetárias e fiscais mais robustas, e uma pujante demanda doméstica,
como as condições externas favoráveis, incluindo-se aqui a forte
demanda por commodities por parte da China e a progressiva recuperação
das economias importadoras, notadamente os Estados Unidos”.
Economias desenvolvidas
Na zona do euro, a Alemanha seguiu na liderança, com o 6º lugar no ranking global. A França caiu três posições, para o 18º, e a Grécia continua sua tendência de queda, para o 90º lugar.
“Os resultados mostram que, enquanto a competitividade nas
economias desenvolvidas se manteve estagnada pelos últimos sete anos,
em muitos mercados emergentes ela melhorou, colocando seu crescimento
em uma trajetória mais estável e espelhando a mudança da atividade
econômica das economias desenvolvidas para as emergentes”, aponta o
relatório.
O ranking do Relatório Global de Competitividade é baseado no
Índice de Competitividade Global (GCI, em inglês), que leva em conta 12
pilares de competitividade: instituições, infraestrutura, ambiente
macroeconômico, saúde e educação primária, educação superior e
capacitação, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de
trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica,
tamanho de mercado, sofisticação de negócios e inovação.(Via G1 Economia)
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